07/10/2013 20h28
- Atualizado em
08/10/2013 01h55
PM entra em confronto com manifestantes na Praça da República
Dois grupos que faziam protesto se juntaram na região central de SP.
Alguns manifestantes jogaram morteiros contra polícia, que reagiu.
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Um grupo virou e depredou um carro da PM na Avenida Rio Branco (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto na noite
desta segunda-feira (7) na Praça da República, no Centro da capital
paulista. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta para
dispersar um grupo que lançou morteiros contra os policiais em frente à
sede da Secretaria de Estado da Educação. O balanço parcial da Polícia
Militar apontava, à 1h50, que 10 pessoas foram detidas e 5 policiais
ficaram feridos. Já no 2º Distrito Policial, que fica no Bom Retiro, a
polícia civil disse que oito pessoas foram detidas e liberadas. As
acusações não foram divulgadas.
Fogo colocado em sacos de lixo para impedir passagem de veículos (Foto: Marcelo Mora/G1)
Dois grupos que protestavam pela cidade se juntaram na Praça da
República. Um deles era formado por estudantes da Universidade de São
Paulo (USP), que iniciaram o ato na região da Avenida Paulista.
A manifestação foi realizada em apoio aos estudantes que invadiram a
reitoria da USP na semana passada e aos professores em greve no Rio de
Janeiro. Os outros manifestantes se concentraram em frente ao Teatro
Municipal, no Centro, em protesto por melhores salários para os
professores do ensino público.
Depredação em lanchonete na Avenida Ipiranga nesta segunda-feira (Foto: Marcelo Mora/G1)
Depois do confronto na Praça da República, duas agências bancárias e
uma lanchonete foram depredadas na Avenida Ipiranga. Na mesma via,
manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo para bloquear a passagem.
Um carro da polícia foi virado na Avenida Rio Branco. Os manifestantes se dispersaram pela região central de São Paulo
por volta das 20h40, mas o policiamento seguiu reforçado no entorno da
Praça da República. Outras quatro agências, sendo duas do Santander, uma
do Itaú e outra da Caixa Econômica Federal, foram depredadas na Avenida
Duque de Caixas. Outras duas agências também foram de vandalismo na
Avenida Consolação.
Durante o tumulto, as portas de algumas estações de Metrô no Centro
foram fechadas. O Metrô diz que houve uma contenção de fluxo, com
seguranças nos acessos, para evitar que a manifestação invadisse a
estação e garantir a integridade física dos usuários. A operação não foi
afetada, segundo a companhia.
Uma mulher ferida recebeu atendimento médico e foi levada ao hospital
em uma ambulância por volta das 21h10. Ela tinha sangue na cabeça e na
mão esquerda. A mulher não quis falar sobre o tumulto. A PM informou
que, entre os sete feridos, quatro são policiais. O estado de saúde
deles e os hospitais onde receberam atendimento não haviam sido
divulgados até as 22h15. Os 11 detidos foram levados para o 2º Distrito
Policial, no Bom Retiro.
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Os estudantes da USP fecharam a pista sentido Consolação da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 18h20. Depois, o grupo desceu a Consolação, no sentido Centro, e percorreu a Rua Amaral Gurgel. Os estudantes caminharam até a Praça da República, onde fica a sede da Secretaria de Estado da Educação, onde permaneceram até o confronto.
Mulher sofreu ferimento na cabeça e na mão durante ato em São Paulo (Foto: Marcelo Mora/G1)
A reitoria da USP foi ocupada na terça-feira (1º) em protesto por
eleições diretas para reitor. A direção da instituição cortou energia
elétrica e o acesso à internet do prédio no final da tarde de
sexta-feira (4). Na última quarta, a USP entrou com pedido de
reintegração de posse e a Justiça decidiu por uma audiência de
conciliação, marcada para esta terça-feira (8).
Na tarde desta segunda-feira, estudantes da Unicamp decidiram manter a ocupação na reitoria da universidade, onde permanecem há quatro dias em protesto contra a presença da Polícia Militar nos campi de Campinas (SP), Piracicaba e Limeira.
Na tarde desta segunda-feira, estudantes da Unicamp decidiram manter a ocupação na reitoria da universidade, onde permanecem há quatro dias em protesto contra a presença da Polícia Militar nos campi de Campinas (SP), Piracicaba e Limeira.
Agência da Caixa Econômica Federal depredada na Avenida Duque de Caxias, Centro (Foto: Marcelo Mora/G1)
Manifestantes colocaram fogo em lixo durante protesto no centro de SP (Foto: Gabriela Biló/Futura Press)
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Acessado e disponível na Internet em 08/10/2013 no endereço -
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/10/pm-entra-em-confronto-com-manifestantes-na-praca-da-republica.html