PM é preso por suspeita de envolvimento com o crime organizado em SP
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DE SÃO PAULO
A Polícia Militar prendeu, nesta manhã, o 1º tenente Guilherme Wiliam
Pacheco da Silva, 36, por suspeita de envolvimento com o PCC (Primeiro
Comando da Capital). O oficial foi detido administrativamente pela
Corregedoria da PM.
O PM atua no 16° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, zona oeste
da capital. Por meio de nota, a PM informou que há a "suspeita de
associação e envolvimento com o crime organizado, conforme recentemente
divulgado pela imprensa, em razão de escutas telefônicas".
Este é o primeiro policial preso após as recentes ameaças PCC reveladas
por uma investigação do Ministério Público. Segundo a PM, a instituição
será "rigorosa e implacável contra eventuais desvios de conduta de seus
integrantes".
ESCUTAS
Em uma interceptação telefônica do dia 23 de janeiro deste ano, um PM
que não foi identificado disse para um homem apelidado de Boy,
responsável por bocas de fumo na zona oeste da capital paulista, que
poderia separar policiais militares para transportar drogas para ele.
"Tem uns meninos [PM] que trabalha com isso aí [transporte de droga],
que é PM também, vai de motinha, entrega lá, recebe e vai embora, não
sabe de quem que é nem para onde vai... os meninos que abordaram só
querem 'medalha' e 'dia de folga', entendeu, não sei se você
compreende", disse o PM.
Na ocasião, o policial entrou em contato com Boy porque a mulher que era
responsável por um de seus pontos de venda de drogas, havia sido presa
em flagrante carregando 3,5 kg de cocaína.
A investigação descobriu também que o telefone usado por esse policial estava registrado em nome da Polícia Militar de São Paulo.
A investigação descobriu também que o telefone usado por esse policial estava registrado em nome da Polícia Militar de São Paulo.
FORÇA-TAREFA
Ontem, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a criação de
uma força-tarefa para investigar as denúncias feitas pelo Ministério
Público sobre ações de integrantes da facção criminosa PCC .
O anúncio foi feito após uma reunião com a cúpula da polícias Militar e
Civil, além das secretarias de Segurança Pública e Administração
Penitenciária.
Segundo Alckmin, policiais civis e militares, além de promotores, vão
atuar 24 horas por dia no Ciisp (Centro Integrado de Inteligência em
Segurança Pública) para apurar as denúncias e rastrear as ligações
telefônicas entre presos. A ideia também é investigar os policiais
suspeitos de envolvimento com o crime organizado.
Durante a maior investigação já realizada contra o PCC em todo o país, o
Ministério Público concluiu que a facção tem cerca de 11.400 membros em
22 Unidades da Federação, no Paraguai e na Bolívia -sendo 7.800 em São
Paulo, dos quais 6.000 presos, inclusive a cúpula do grupo.
A facção movimenta cerca de R$ 120 milhões anuais. Suas principais
fontes de renda são o tráfico de drogas, o pagamento de mensalidades e o
sorteio de rifas.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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Acessado e disponível na Internet em 15/10/2013 no endereço -
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1356872-pm-e-preso-por-suspeita-de-envolvimento-com-o-crime-organizado-em-sp.shtml