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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Policiais Militares de Praia Grande acusados de integrar quadrilha de ladrões de Caixas Eletronicos

Polícia caça polícia

PMs de Praia Grande são acusados de integrar quadrilha de ladrões de caixas eletrônicos

Eduardo Velozo Fuccia
Créditos: Walter Mello/Arquivo
Acusados foram presos nesta manhã, na Baixada

Atualizado às 11h43

Após quase seis meses de investigações, a Polícia Civil, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, deflagrou no início da manhã desta terça-feira operação para capturar membros de uma quadrilha especializada em furtos e roubos a caixas eletrônicos na Baixada Santista, que contava com a participação de policiais militares. Ao menos 12 pessoas foram presas.

Dos indivíduos apontados como integrantes do bando, uma delas é sargento e três, soldados, sendo os quatros policiais lotados no 45º BPM/I, cuja área de atuação é Praia Grande. Todas tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, com exceção de um acusado, em razão de ser adolescente, de 17 anos.

Escuta telefônica flagra ligação de policiais com quadrilha que rouba caixa eletrônico

Os 12 acusados foram presos nesta manhã. Todos são da região, com exceção de um, que mora em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para a captura deste membro do bando foi pedido apoio à Polícia Federal. Especialista em bombas, ele viajava ao Litoral exclusivamente para colocar artefatos nos caixas a serem explodidos.

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos conseguiram vincular o bando a quatro delitos. A participação dos PMs do batalhão de Praia Grande, conforme a unidade especializada, está demonstrada em um dos ataques, cometido nessa cidade, na madrugada de 22 de agosto, contra a agência da Caixa Econômica Federal.

Situada na Avenida Presidente Kennedy, no Bairro Aviação, a Caixa teve explodidos três caixas eletrônicos. Ondas de choque oriundas da detonação das bombas afetaram a estrutura do prédio, causando grandes prejuízos e potencializando o risco de serem mortos operários que dormiam no piso inferior, na garagem, que passava por obras.

Créditos: Walter Mello/Arquivo
Situada na Avenida Presidente Kennedy, no Bairro Aviação, a Caixa teve explodidos três caixas eletrônicos
Em outra investida, em Itanhaém, indícios apontam suposto envolvimento de policiais militares que trabalham nesse município, embora não tenham sido identificados. Por meio de ligações telefônicas, PMs de Praia Grande chegaram a ser indagados pelo chefe da quadrilha se conheciam colegas de confiança naquela cidade do Litoral Sul.

Os demais ataques ocorreram em 2 de abril, contra um caixa do Bradesco instalado no Hipermercado Extra da Avenida Guilhermina, em Praia Grande, que também foi explodido, e em 5 de julho, em um shopping em Mongaguá. Nesta data, a quadrilha furtou o dinheiro de um equipamento do Santander mediante o uso de maçarico.

Apontado como o cabeça, Danilo Queiroz da Cruz foi o primeiro alvo a ser investigado. A partir dele, a equipe da DIG identificou os demais acusados e apurou as suas respectivas atribuições na organização criminosa. Como uma empresa em busca de metas, o bando dividia tarefas para o sucesso de suas ações.

O Ministério Público e o Poder Judiciário acompanham as investigações da DIG. O MP referendou o pedido de prisão temporária formulado pela Polícia Civil, enquanto a Justiça deferiu o requerimento, por entender a medida necessária ao aprofundamento das apurações para identificar mais envolvidos e elucidar outros crimes.

Leia a matéria completa na edição impressa desta quarta-feira, em A Tribuna.


Acessado e disponível na Internet em 17/09/2013 no endereço -
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=203538&idDepartamento=11&idCategoria=0